O câncer de testículo é uma doença que acomete homens jovens, muitas vezes ainda na adolescência. Os tipos mais comuns são o seminoma clássico, o carcinoma embrionário, o tumor de saco vitelino e o teratoma. São frequentes os tumores com tipos celulares mistos.
O sintoma mais comum é o aparecimento de um nódulo endurecido no testículo, de crescimento rápido e frequentemente indolor. Esse nódulo pode ser percebido pelo próprio paciente ou pela parceira. Outros sintomas podem ser nódulos palpáveis no abdome ou próximos à clavícula. Quando a doença é metastática, podem surgir sintomas como tosse e escarros com sangue, dor torácica, sintomas neurológicos e outros a depender de onde surgiram as metástases. Nódulos palpáveis no abdome também podem surgir.
O ultrassom da bolsa escrotal pode ajudar a avaliar os nódulos testiculares. Tomografia de abdome e pelve e do tórax são também exames importantes para avaliar possíveis nódulos metastáticos abdominais e torácicos.
Existem exames sanguíneos que podem estar alterados. Os marcadores tumorais sanguíneos conhecidos como alfafetoproteína, o Beta HCG e uma enzima chamada DHL podem estar aumentados.
Diante da forte suspeita de câncer de testículo, o órgão acometido deve ser removido cirurgicamente através de um procedimento que denominamos orquiectomia radical. Isso vai permitir confirmar o diagnóstico e definir o tipo de célula cancerígena que compõe o tumor. Dependendo do tipo de tumor, dos marcadores tumorais sanguíneos e dos exames de imagem, alguns pacientes vão precisar de quimioterapia após o tratamento cirurgico. A radioterapia também pode ser necessária em alguns casos selecionados. No caso de metástases retroperitoneais, quando os nódulos surgem numa parte do abdome, pode ser necessário realizar uma cirurgia para remoção desses nódulos, que denominamos linfadenectomia retroperitoneal.
A boa notícia é que os tumores de testículo são, na sua imensa maioria, curáveis. Mesmo quando já existem metástases, a cura pode ser obtida pela sequencia de tratamentos citados acima. O caso mais ilustrativo é o do ciclista Lance Armstrong, que foi curado mesmo apresentando metástases retroperitoneais, pulmonares e cerebrais. Claro que quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores as chances de cura e menos agressivo é o tratamento.